O passeio que conecta arte, tecnologia e experiências sensoriais

Se você está buscando um passeio que une arte, tecnologia e experiências sensoriais, a 36ª Bienal de São Paulo é, sem dúvida, uma alternativa surpreendente. Este evento, que acontecerá de 6 de setembro a 6 de dezembro de 2025, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, reserva aos visitantes uma jornada inigualável, onde diferentes culturas e manifestações artísticas se encontram para provocar reflexões profundas e sensações variadas. O cerne da Bienal é o diálogo, tanto entre as obras expostas quanto entre os visitantes, especialmente as famílias, que têm a oportunidade de vivenciar e interagir com as diversas linguagens da arte contemporânea.

O conceito central da exposição, concebido pelo curador Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e sua equipe, é uma abordagem que valoriza escuta ativa, respeito e convivência. Esse chamado à reflexão sobre temas como humanidade, pertencimento e transformação torna a visita uma experiência enriquecedora e educativa, não só para as crianças, mas para toda a família. Com 125 obras individuais e coletivas distribuídas em seis capítulos temáticos, cada um explorando diferentes aspectos da experiência humana, a Bienal proporciona uma imersão única na arte contemporânea.

O que esperar da Bienal de São Paulo?

A vários quilômetros de distância dos tradicionais museus, a Bienal se destaca por seu formato inovador. Ao todo, são seis capítulos, cada um trazendo uma nova perspectiva e temática, que conectam arte, tecnologia e experiências sensoriais. Esses capítulos são:

Frequências de chegadas e pertencimentos: Este primeiro capítulo apresenta uma série de obras que exploram a relação entre corpo, terra e memória. Com materiais como pedras e pigmentos naturais, os visitantes são convidados a refletir sobre suas próprias histórias e raízes.

Gramáticas de insurgências: Neste segmento, esculturas e vídeos discutem temas como resistência e preservação de narrativas. É um convite para o público se conectar com a luta de diferentes culturas e suas histórias silenciadas.

Sobre ritmos espaciais e narrações: Esse capítulo utiliza mapas e esculturas para explorar temas como migração e mudanças urbanas. Os pequenos poderão perceber como a cidade é um organismo vivo que está sempre em transformação.

Fluxos de cuidado e cosmologias plurais: Aqui, instalações que utilizam ervas e objetos rituais trazem práticas de cura de diversas culturas, incluindo a indígena, africana e asiática. Uma oportunidade única para aprender sobre a diversidade e a riqueza de saberes ancestrais.

Cadências de transformação: O que pode ser mais intrigante do que arte que muda? Neste segmento, obras cinéticas desafiam a visão tradicional de estático, explorando a transformação como um elemento criativo essencial.

A intratável beleza do mundo: Fechando a exposição, este capítulo reúne uma série de peças que ressaltam a beleza do inacabado e da resistência. Um verdadeiro convite à apreciação das imperfeições.

Além da exposição principal, o programa Afluentes, realizado na Casa do Povo, e a mostra de filmes Fluxos de Imagens / Imaginários, em parceria com a Cinémathèque Afrique, expandem ainda mais a experiência. Para as famílias, o projeto Aparições oferece experiências de realidade aumentada, onde crianças e adultos podem explorar fragmentos da Bienal de maneira interativa.

A programação inclui debates, performances e encontros educativos, firmando a Bienal como um importante espaço de intercâmbio cultural. Ao abrir suas portas ao mundo, o evento não apenas exibe obras, mas promove diálogos e trocas significativas entre artistas, curadores e o público.

Experiências sensoriais: um mergulho na arte contemporânea

Quando falamos em experiências sensoriais, é fundamental destacar a importância de estimular todos os sentidos durante a visita à Bienal. Isso se torna ainda mais evidente nas instalações e performances que fazem parte do evento. A proposta é que os visitantes não apenas observem, mas vivenciem a arte de maneira intensa e integral.

Um exemplo é o uso de tecnologias imersivas em certas exposições, que expandem as possibilidades de interação. Utilizando óculos de realidade aumentada, as crianças podem dentro do aplicativo WAVA descobrir fragmentos da Bienal escondidos pelo Parque Ibirapuera. Essa combinação de arte e tecnologia traz um desafio único: como transformar a interpretação artística em uma experiência lúdica e educativa.

As obras que inserem o corpo como um elemento central também merecem destaque. Muitas das instalações exigem que o público participe ativamente, gerando uma relação direta entre o espectador e a obra. Esse tipo de envolvimento é crucial para cultivar uma apreciação mais profunda e reflexiva sobre o que a arte pode nos ensinar.

Além disso, durante o evento, performances ao vivo frequentemente integram dança, música e teatro, criando um ambiente vibrante e dinâmico. Esses momentos proporcionam um espaço de troca e de experiência coletiva, essencial para a aprendizagem e para a inclusão. Eles também tornam a Bienal um local ideal para famílias se conectarem, trocarem ideias e se inspirarem mutuamente.

Dicas para aproveitar ao máximo a Bienal

Visitar a Bienal é uma excelente maneira de promover o aprendizado e a curiosidade das crianças. Aqui estão algumas dicas para garantir que sua experiência seja ainda mais rica e significativa:

  • Saiba mais sobre os artistas: Antes da visita, converse com as crianças sobre os artistas e suas obras. Muitas vezes, conhecer a história por trás da arte pode tornar a experiência mais envolvente.

  • Interaja com as obras: Não hesitem em fazer perguntas, tocar (onde for permitido) e dialogar sobre aquilo que estão vendo. Isso estimula o pensamento crítico e a criatividade.

  • Reserve um tempo para a exploração: O Parque Ibirapuera possui diversas áreas de lazer, museus e até um planetário. Aproveite o dia para fazer um passeio completo em família.

  • Participe das atividades paralelas: Aproveite as oficinas e oficinas educativas disponíveis durante a Bienal. Elas proporcionam uma interação ainda mais direta com a arte.

  • Utilize a tecnologia a seu favor: Baixe apps que possam enriquecer a visita. Como mencionado, a realidade aumentada pelo aplicativo WAVA pode transformar a experiência em algo surpreendente.

  • Desfrute de um saboreio familiar: Considerem um piquenique no parque antes ou depois da visita. Um momento de descontração e união é sempre bem-vindo e contribui para uma experiência familiar mais completa.

Perguntas frequentes

A Bienal é uma ótima oportunidade para muitas famílias. Perguntas são comuns, e aqui estão algumas das mais frequentes:

É necessário fazer algum tipo de agendamento para visitar a Bienal?

  • Não é necessário, a entrada é gratuita e o evento está aberto ao público durante o horário disponível.

A Bienal é indicada para crianças de todas as idades?

  • O evento é recomendado para crianças a partir de 6 anos, mas não há restrições para crianças mais novas que estejam acompanhadas por um adulto.

O que levar para a visita?

  • É interessante levar água, lanches, um caderno para anotações e, claro, a câmera para registrar momentos especiais.

O que fazer se as crianças se entediarem?

  • Muitas instalações e performances são interativas, e sempre há atividades paralelas que podem manter todos engajados.

A Bienal tem estrutura para acessibilidade?

  • Sim, o Pavilhão está equipado para receber visitantes com mobilidade reduzida. É sempre bom confirmar a acessibilidade dentro de cada instalação.

Há opções de alimentação nas proximidades?

  • Sim, existem cantinas e quiosques dentro do parque onde é possível encontrar diversas opções de refeições.

Concluindo

Participar da 36ª Bienal de São Paulo é, sem dúvida, um passeio que une arte, tecnologia e experiências sensoriais de forma única. Não se trata apenas de ver obras, mas de compreendê-las e interagir com elas de maneira significativa. Em um mundo saturado de informações e estímulos visuais, a Bienal se destaca como um espaço que promove a reflexão e o engajamento.

Portanto, prepare sua família para uma jornada inesquecível no coração de São Paulo, onde cada visita não é apenas uma observação, mas uma verdadeira imersão em diferentes culturas e formas de expressão. A arte contemporânea, aliada à tecnologia, poderá abrir as portas para conversas, reflexões e novas descobertas que ressoarão muito além dos muros do Pavilhão.