36ª Bienal de São Paulo anuncia abertura e festa exclusiva da Rolex

A 36ª Bienal de São Paulo, um evento emblemático para a arte contemporânea brasileira, promete ser um marco na história da arte do hemisfério sul. Com abertura marcada para o dia 6 de setembro de 2025, a Bienal ocorrerá no icônico Pavilhão Ciccillo Matarazzo, localizado no Parque Ibirapuera, e trará uma experiência única que transcende fronteiras e explora várias narrativas. A entrada para esta magnífica exposição será gratuita até o dia 11 de janeiro de 2026, o que democratiza ainda mais o acesso à arte.

O tema desta edição é “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, uma frase inspirada em versos da renomada autora Conceição Evaristo. O título não apenas captura a essência de diversos caminhos percorridos pelos artistas, mas também reflete a metodologia empregada pela curadoria. Sob a orientação de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e uma equipe multidisciplinar composta por Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza, Keyna Eleison e Henriette Gallus, a Bienal tem como foco os deslocamentos migratórios como meio de interpretação das obras.

Um dos pontos mais interessantes da 36ª Bienal de São Paulo é a inclusão de 120 artistas no pavilhão e cinco na Casa do Povo, uma abordagem inovadora que amplia o alcance das diversas linguagens artísticas. Entre os participantes estão nomes como Wolfgang Tillmans, Maxwell Alexandre, Otobong Nkanga, além de coletivos como Forensic Architecture. As obras deles não apenas dialogam com a história da arte contemporânea, mas também abordam temas urgentes e relevantes, como memória e identidade.

Outra novidade desta edição é a parceria institucional com a Rolex, conhecida por sua forte presença no cenário cultural internacional. O envolvimento da marca suíça promete um suporte significativo à preservação das artes, semelhante à colaboração que mantém com instituições icônicas, como o Museu da Academia em Los Angeles e a Royal Opera House em Londres. A Rolex será a Relógio Oficial da Bienal, um distintivo que simboliza a sinergia entre o tempo e a arte. O compromisso da Rolex em preservar legados culturais reflete-se neste evento que, pela sua duração de quatro meses, é a mais longa Bienal em sua história.

36ª Bienal de São Paulo anuncia abertura e festa exclusiva da Rolex na véspera da mostra

Uma das festas mais esperadas ocorreu na véspera da abertura oficial, celebrando a estreia desta nova fase da Bienal. O evento foi marcado por um jantar refinado que, além de promover a interação entre diferentes segmentos artísticos, incluiu um leilão de cartazes raros que arrecadou cerca de R$ 1,5 milhão. Destacam-se obras de artistas renomados, como Antonio Maluf e Picasso, entre outros. A apresentação ao vivo de Gilberto Gil, durante seu turnê de despedida, também trouxe uma leveza emocionante ao evento, reforçando a ideia da interconexão entre música e arte visual.

A festa não foi apenas um evento social; foi uma manifestação do papel que a arte desempenha em nossas vidas. As experiências compartilhadas entre convidados e artistas durante a celebração criaram uma atmosfera de união, onde cada um poderia presenciar em primeira mão o impacto e a importância da arte. O coquetel, seguido de visitas guiadas e a preparação para a abertura da Bienal, estabeleceu uma conexão profunda entre os presentes e o universo artístico que seria revelado nas próximas semanas.

A Curadoria e os Artistas da 36ª Bienal

O projeto curatorial da Bienal reflete a diversidade de expressões culturais que moldam a sociedade contemporânea. Sob a liderança de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, a curadoria busca não apenas exibir obras, mas gerar um espaço para diálogo e reflexão sobre temas globais. A escolha do tema, que enfatiza a ideia de deslocamento e viagem, é um convite à reflexão sobre a condição humana – um chamado para que o público examine seu papel em um mundo em constante transformação.

Entre os participantes, destacam-se artistas que expõem suas visões únicas, trazendo questões importantes à superfície. Cada obra propõe uma narrativa que vai além da mera estética, estimulando uma conversa sobre identidade, pertencimento e transformação social. O coletivo Forensic Architecture, por exemplo, utiliza a arte como ferramenta de investigação, abordando a verdade e a memória em suas criações, enquanto outros artistas, como Maxwell Alexandre, exploram a relação entre o espaço urbano e suas experiências.

Os curadores, ao desenharem a expografia da Bienal, incorporaram elementos que evocam a ideia de travessia e transitoriedade. Os espaços foram projetados para que os visitantes possam fluir entre as obras, criando um percurso que imita a natureza de um estuário em movimento. Essa abordagem não apenas enriquece a experiência do espectador, mas também provoca um alinhamento emocional com as temáticas apresentadas, reforçando a ideia de que a arte é um reflexo da realidade em que vivemos.

A Importância da Acessibilidade e Inclusão na Arte

Um dos maiores legados da 36ª Bienal de São Paulo é seu compromisso com a acessibilidade. O oferecimento de entrada gratuita para o público é uma iniciativa de destaque, que democratiza o acesso à arte e promove a cultura como um direito de todos. A Bienal não se limita apenas a oferecer obras de arte; ela busca integrar a comunidade, criando um espaço onde todos possam se sentir representados e incluídos.

Esta filosofia de inclusão é crucial em um mundo onde as vozes de grupos marginalizados frequentemente são silenciadas. A Bienal se posiciona como um espaço onde essas vozes podem ser ouvidas e celebradas, promovendo a diversidade cultural e artística. Ao abraçar diferentes origens, contextos e expressões, a Bienal mostra que a arte não deve ser vista apenas como um objeto para apreciação, mas como uma forma de vivência e troca cultural.

Perguntas Frequentes

Qual é a data da abertura da 36ª Bienal de São Paulo?
A abertura da 36ª Bienal de São Paulo está programada para o dia 6 de setembro de 2025.

Onde a Bienal será realizada?
A Bienal será realizada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Qual é o tema da 36ª Bienal?
O tema da 36ª Bienal é “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, inspirado em versos da autora Conceição Evaristo.

A entrada para a Bienal será paga?
Não, a entrada para a 36ª Bienal de São Paulo será gratuita até o dia 11 de janeiro de 2026.

Quem são os curadores desta edição?
Esta edição da Bienal é curada por Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza, Keyna Eleison e Henriette Gallus.

Qual é a importância da parceria com a Rolex?
A parceria com a Rolex enfatiza o compromisso da marca com a preservação das artes e a conexão entre diferentes linguagens artísticas.

Conclusão

A 36ª Bienal de São Paulo não se limita a ser um evento de arte; ela se posiciona como uma celebração vibrante da criatividade e diversidade humana. Com seu tema provocativo e uma curadoria que desafia normas, a Bienal busca não apenas expor, mas também conectar pessoas e promover um diálogo enriquecedor sobre questões atuais. A colaboração com a Rolex e a abertura de espaço para artistas de diversas origens sublinha a importância da acessibilidade e inclusão, reescrevendo a narrativa da arte contemporânea no Brasil.

É um momento emocionante para o cenário artístico do país, que se reafirma no contexto global e oferece um espaço de reflexão e inspiração. Ao nos convidar a explorar, questionar e celebrar a arte, a 36ª Bienal de São Paulo se torna um marco essencial para testemunharmos a evolução cultural que nos envolve. Em tempos de incerteza, a arte emerge como um farol de esperança, união e compreensão entre as diversas vozes que compõem nossa sociedade.